As perspectivas são positivas para o mercado imobiliário brasileiro em 2012 e nos próximos anos: de acordo com os dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de financiamento para a aquisição e construção de imóveis cresceu 42% em 2011 frente ao ano anterior, ao totalizar R$ 79,9 bilhões pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Para este ano, a expectativa é que concessões para o crédito imobiliário com recursos da caderneta serão de R$ 103,9 bilhões, número 30% superior ao financiado em 2011.
Entre os fatores que contribuíram para o resultado e para a previsão otimista, destacam-se o crescimento da massa salarial nos últimos anos e a estimativa de aumento da concessão de crédito. Além destes, o controle da taxa de juros e a perspectiva de manutenção dos níveis de desemprego, que ficou em 6% no ano passado e é o menor dos últimos nove anos (conforme divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — IBGE), são indicadores positivos que devem contribuir para o bom desempenho, afirmou o presidente da Abecip, Octavio de Lazari Junior. Segundo ele, "talvez ocorra um crescimento (no setor) maior que 30%, podendo chegar a 35%."
Espaço para crescer — Apesar da afirmação otimista, é importante lembrar que a Abecip havia previsto um volume total de financiamento de R$ 85 bilhões em 2011, que não se concretizou. O ano fechou em R$ 79,9 bilhões, em razão do atraso na entrega de diversos empreendimentos, provocado pela falta de mão de obra qualificada na construção civil.
Entretanto, Lazari Junior não considera a redução da estimativa um indício negativo para este ano, pois o resultado final ficou bem próximo ao da meta. O presidente da Abecip ressaltou ainda que o segmento imobiliário tem um enorme espaço para crescer no Brasil. Segundo ele, a relação entre o crédito imobiliário e o Produto Interno Bruto (PIB) no País é de 4,7%, enquanto que na China e no México está avaliada em 11%, e em 81%, nos Estados Unidos.
Além disso, Lazari Júnior lembrou que o nível de inadimplência em operações de crédito no setor imobiliário, com contratos com mais de três prestações em atraso, situou-se em 2% no ano passado, o que indica estabilidade ante 2010. Já para outros segmentos o nível observado foi maior. Ele citou como exemplo veículos (4,9%), crédito pessoal (5,5%) e cheque especial (10,1%).
A Abecip divulgou o total de unidades financiadas em 2011: foram 493 mil, total 17% superior às 421 mil de 2010. Só em dezembro, o volume foi de 49,6 mil, com elevação de 27% frente a novembro, e 14% ante o mesmo mês do ano anterior. Assim, o resultado atingiu o recorde histórico mensal, de acordo com o levantamento oficial da entidade.
Poupança e FGTS — A entidade apurou, também, que a captação líquida da poupança foi de R$ 9,4 bilhões em 2011. O saldo nas cadernetas de poupança no ano passado somou mais de R$ 330,6 bilhões em dezembro do ano passado, ante R$ 299,9 bilhões no mesmo mês de 2011. No caso dos financiamentos que utilizam recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o total de 2011 ficou em R$ 114,1 bilhões, alta de 36% em relação ao ano anterior.
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